Esta lista foi feita de memória por Alfredo Baeta Garcia. É possível que contenha erros e imprecisões. Agradeço que me comuniquem qualquer erro ou omissão encontrados, pois serão involuntários.
a) Mortos no dia 15 de Março de 1961 pela UPA:
Na vila do Quitexe:
1 – Mulher do Faísca (José Albuquerque), ex-ciclista e empregado do Celestino Guerra (ver aqui )
2 – Mário Trangalho e sua mulher Ilda; comerciante
1 – Filho de José Guerreiro (comerciante), criança
2 – Maria Guerreiro, padeira e seu filho
2 – Casal Guerra – António Inocêncio Pereira (faleceria já em Luanda) e sua esposa Joaquina (Pais da família Guerra – Helena, Celestino, José, Jaime, Henrique e Augusto)
4 – Corrente, amanuense do Posto; sua mulher e dois filhos
Na sua fazenda, na zona do Ambuíla:
1 – José Poço, agricultor
Na Lagoa do Feitiço, perto do Dambe:
1 – Homem, novo na terra, natural de Vila de Rei (estivera antes em Porto Alexandre)
Em Zalala:
3 – Esposa do gerente de nome Cordeiro; Lídia Esteves, mulher de José Esteves e sua filha
Neste mesmo dia foram mortos, em várias fazendas da área algumas dezenas de trabalhadores contratados do Sul, genericamente chamados Bailundos e muitos outros desaparecidos dos quais nunca se soube o paradeiro.
b) Mortos depois do dia 15 de Março, até ao fim da guerra na área que pertenceu aproximadamente ao antigo Posto do Quitexe, e não a todo o seu concelho que a partir de certa altura se chamou Dange:
b.1) Mortos pela Pide / civis:
Vila
4 – Cansenza, soba do Zenza-Camuti;
Bombeiro da Móbil e empregado de Romão & Garcia;
Irmão do Tico cozinheiro;
Quintas, pedreiro, também empregado de Romão & Garcia;
Uíge?
6 –Presos e feitos desaparecer pela Pide (provavelmente no Uíge):
Cardoso, assimilado do Ambuíla;
Ambrósio do Quitoque;
Diniz Dombe do Talabanza;
Joaquim Zangue do Quimassabi;
Raul, forneiro do Quimassabi;
João Landa do Talabanza
Nota : A relação de mortos nestes dois últimos locais não é exaustiva
Ambuíla
1 – Velho Cussecala, louco que ficou abandonado na sanzala, morto por militares /civis
Matos Vaz
1 – Garcia Panzo, sapateiro, morto pela Pide
b.2) Mortos pela UPA / FNLA
Vila
Quimbanze 3 – Homem mestiço e dois capatazes
1 – Amado, cerâmico, sócio do Ilídio Alves
S. João
1 – João Alves, agricultor, poucos dias antes de
acabar a guerra
Subida do Bumbe
2 - Madame Ruth, assim era conhecida, e um motorista branco do qual ninguém soube o nome
Mungage
2 – Baptista de Cariambe e um companheiro de Luanda, nesse tempo industriais de vassouras que iam buscar uma carrada de paus para as ditas.
Quinuma
1 – José Melgueira, mecânico com oficina no
Quitexe
Rio Duizo
Nicodemos, açoreano, empregado do Madeira
& Marques
Sta. Isabel- Albuquerque
1 – Encarregado, parece que natural de
Coimbra
Pingano
3 – Rui Pombo, agricultor; Manuel Panzo, capataz e Sebastião, enfermeiro
Hamba
2 – José Guerra, agricultor e Ramalho, seu empregado, no terreiro pelas 18 horas
Dambe
2 – Polícias que iam na escolta do administrador
Nota : esta relação não abarca os militares portugueses nem os guerrilheiros da UPA / FNLA mortos, nomeadamente no segundo e último ataque ao Quitexe em 10 de Abril de 61. Desconhecem-se, também, os mortos nas matas, durante a guerra
c) Depois de 1974
Vila
1 – Filho do Quigingo Panzo, de nome Swing, morto pela FNLA
1 – Domingos, sapateiro e sipaio do Tabi, morto pelo MPLA
Infelizmente a tragédia não acaba aqui. Prolongou-se até ao novo milénio num contínuo de horrores, mortes e destruição.
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Durante a guerra de 14 anos as paredes da igreja transformaram-se num memorial com placas alusivas a todos os brancos que durante esses anos perderam a vida na área do posto administrativo do Quitexe, agora sede do Concelho do Dange.
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